domingo, 17 de maio de 2009

AMOR QUE TIVE – Maio 2009-05-17

Amei desesperadamente,
Amei apressadamente
Como se o tempo corresse sempre que amava
Passava rápido e eu, sem me dar conta, passava também.

Um sentimento de desespero se apoderava de mim,
E a isso chamava amor,
Mas um dia me dizia que aquilo que eu era,
Que eu sentia e me desesperava,
Que aquilo não era amor.

Tentava insistentemente mostrar,
Demonstrar que era amor,
Que era descompromissado, então era amor.
Que era gratuito, então era amor.
Que era pleno, então, só podia ser amor.
Que fazia belo o meu mundo,
Que fazia feliz a minha vida,
Mas não.

Quem eu mais amava,
Usava de recursos que jamais imaginara
Para me mostrar sempre:
Era egoísmo, loucura ou covardia.
Quem era eu pra entender de amor?
De amor entendiam eles, que me repreendiam.
Aliás, de amor ainda entendem,
Pois a mim não voltaram pra dizer que erraram.

Não sabem o mal que me causaram,
Não sabem o fardo que me impuseram.
Não acredito nem no amor que tive.
Não acredito nem mais em mim.

Talvez exista sim o amor,
Nesse caso, eu é que sou indigno
Eu é que sou vil,
Para senti-lo ou para recebe-lo.

Deus do céu !!!
Devo ter feito muito mal
À quem imaginei amar.
Daí a paga que me deram,
Daí o abandono em que vivo.

Deus do céu !!!
Olhai por mim.
Alcy Paiva

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